Estava frio e as páginas rasgavam as mãos.
Era linda a Lisboa que lavava em lágrimas as memórias de cartão.
Falavam das janelas para as ruas vazias, para as pedras molhadas, sobre os tribunais do amor e os carrascos da esperança.
Cruzavam os braços junto ao peito. Aconchegavam o casaco. Riam-se porque o gelo lhes dá força - elas, as memórias de cartão que não sabem o que é justiça e sufocam o que é viver.
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