segunda-feira, 3 de novembro de 2014

d'outono

É das coisas bonitas de outono. Bonitas e leves e frias. De lá longe, do que não é amor e entra sem pedir. De uma terra cheia de almas vazias. Mas é do outono - só pode ser do outono - de que se riem os sonhos e se semeia a insanidade.
Foge-se ao vulgo. E sentem-se as trovoadas no estômago, as tempestades no rosto e as nuvens no peito. Cheira a novo - respira-se de novo - e enterram-se os machados. Obrigada por me reacenderes o fôlego, por me distraíres da luz apagada, por me ocupares a noite. És uma coisa bonita de outono.

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