sábado, 6 de setembro de 2014

Como hoje

Queria falar-te de dias como hoje. De dias em que o cheiro do silêncio se cortava na água que caía na tua varanda. 
Dias de nada que viam as horas fugir por entre os dedos entrelaçados e que acabavam em suspiros sufocados pelos risos doces.
Queria falar-te de dias como hoje, com as lascas de cinza e o vento aposentado e os corpos cobertos de palavras bonitas. Aquelas que eu amarrei para não voltar a dizer.

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