domingo, 10 de agosto de 2014

fragmentos


Reconheceram-se no sal das lágrimas. Enterraram-se nos lençóis. Consumiram-se nos beijos. Queimaram-se na dependência. Riram-se dos vazios. Viram países - e cidades, e aldeias; e barcos e comboios e carros e aviões. Abraçaram-se à distância. Romperam multidões com os olhos. Deram as mãos às escondidas. Destruíram-se de repente. Amaram-se até ao fim.
Mas nada. Nunca nada aos poucos. Nunca nada pela metade.

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