quarta-feira, 27 de agosto de 2014

febril

Estás-me na roupa e estás-me na pele e estás-me nos olhos e estás-me nos lábios. És-me os pesadelos, os desvairos conscientes e os passeios da noção que eu não controlo. Estás-me no peito como uma ferida que não conhece a cura. Estás-me em todas as músicas e todos os filmes e todos os poemas (estás-me na raiz da raiz).

Só quero conhecer um pedaço de mim onde não mores e mudar-me para lá.

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