quarta-feira, 23 de julho de 2014

D'antes.


Hoje não tivemos tempo nem espaço. Lisboa morreu e a noite voou e as vozes calaram-se e os cheiros fecharam-se.
Mas tivemos idade: crescemos na frieza da distância, cimentámos paredes e calcificámos entradas. Desenhámos os mapas no betão e traçámos os dias em que o mundo acaba.
Fizemo-lo de riso entrelaçado, como d'antes, como quando eu era romântica e tu vias nuvens de algodão doce.

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