Na inconsciência abençoada deitávamos tudo ao ar e espalhávamos o que somos - o que fomos - em cima da mesa.
E vivíamos. Como se o amanhã fosse uma miragem, como se o futuro fosse ontem, como se cada átomo se esfumasse se o amor morresse.
O amor (sempre a merda do amor) que nem sequer se dignava a não ser cruel, que jogava com as lágrimas e se tornava no Monopólio que não conseguíamos ganhar.
E o quanto adorávamos. Aquelas partidas de desgosto e faz de conta, aquela falta de noção mascarada de juventude, aquele desespero que gritava
"Por favor, parte-me o coração".
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